domingo, julho 23, 2006

See what I see

O rio Tejo vindo (a vir) de Espanha.

sexta-feira, julho 21, 2006

E agora algo mais sério:

hum...

Ida ao supermercado

Depois de um duche (eu devia saber, estar mais avisada do que isto...), vou até a faculdade (não, não saiu nenhuma nota), onde escorrego no degrau da entrada... Enfim, desço até a Baixa da cidade e, puff, vinda não sei de onde esbarra em mim e na minha saia limpa uma miúda coberta de gelado de chocolate... um pouco mais à frente ultrapasso um casal de turistas e, hei, levei com um pingo directamente do ar condicionado de alguém (ihac)... Já na zona do supermercado, há tráfego constante de autocarros... Finalmente, entro, faço as minhas compras e na caixa levo uma pisadela duma idosa (eu 'tava de chinelos)... Pago e volto para casa. De autocarro, claro está. Que avariou duas vezes (porcaria de cabos eléctricos) antes da minha paragem, que eu, de resto, não vi chegar, pelo que só sai na seguinte...

...e agora que penso nisso, esqueci-me do pão...


Note to future self: fazer lista de compras e OLHAR PARA ELA enquanto ando às compras e NUNCA MAIS tomar duche ANTES de ir ao supermercado; ou não sair de casa...

Sobre a distância

Quando você vai embora de nós
o pronome parte-se ao meio
você diz que só leva o s
e o que adianta?
se comigo sobra o nó
na garganta.

Rita Apoena

quinta-feira, julho 20, 2006

Figuras de Estilo

Sarcasmo

retirado na íntegra de outro blog

terça-feira, julho 18, 2006

Cuando termine de arreglar mi avión
Quiero salir a dar una vuelta sobre la cuidad
Quiero ver como la gente camina sobre las calles mojadas
Quiero ver los paraguas negros bajo mis pies
Quiero contar cuantas personas salen a caminar
Sin miedo a mojar su cabeza
Creo que veré a un par de locos caminar sin miedo
Por el centro de la ciudad
Pisando las posas de agua y fumando un cigarro
Pensando calladamente en el pasado
Y amando en cada segundo su presente
Deseándose mutuamente un buen futuro
Te voy a pasar a buscar
Me voy a estacionar en los techos de enfrente
Y te cantaré una canción
Quiero que te asomes a la ventana
Con tu sonrisa de siempre
Esa que me encanta y me derrite cada mañana
Quiero que camines con tu maleta por los techos
Y que llegues hasta mi
Tomes mi mano y subas
Sin miedo
¿dónde iremos?
El avión está con piloto automático
Listo para viajar donde sea
Donde el nos quiera llevar
Un lugar tranquilo
Ahí donde los fantasmas no existen
Porque está todo hecho para que soñemos las dos
Ahí, donde con mis billetes de metrópoli
Voy a comprar un terreno y construir nuestra casa
Ahí, donde con toda la familia 104 viviremos
Estoy esperando que la pintura de mi avion se seque
Ojala que los colores que elegí te gusten
Y que no sea peligroso viajar con la lluvia que cae afuera

Nadie

segunda-feira, julho 17, 2006

I have done all I can...

Where I am getting a future...

... and where I should actually be.

sábado, julho 15, 2006

«- Trás-os-Montes entra na era das autoestradas.» - o 1ºministro, em directo para a SIC no telejornal das 13h, a propósito da inauguração de 32km de autoestrada no norte do país.

Não se enganem, o que ele quis dizer foi que sair daquela zona do país será agora mais rápido. É apenas um meio eficaz de aumentar a desertificação do interior, não que alguém deva ser forçado a viver onde quer que seja... muito menos na miséria vergonhosa a que os sucessivos politícos têm votado certas zonas do nosso belo e verdinho país.

Cute blends...

«As his biography suggests, Fromm's theory is a rather unique blend of Freud and Marx. Freud, of course, emphasized the unconscious, biological drives, repression, and so on. In other words, Freud postulated that our characters were determined by biology. Marx, on the other hand, saw people as determined by their society, and most especially by their economic systems.

He added to this mix of two deterministic systems something quite foreign to them: The idea of freedom. He allows people to transcend the determinisms that Freud and Marx attribute to them. In fact, Fromm makes freedom the central characteristic of human nature!

There are, Fromm points out, examples where determinism alone operates. A good example of nearly pure biological determinism, ala Freud, is animals (at least simple ones). Animals don't worry about freedom -- their instincts take care of everything. Woodchucks, for example, don't need career counseling to decide what they are going to be when they grow up: They are going to be woodchucks!

A good example of socioeconomic determinism, ala Marx, is the traditional society of the Middle Ages. Just like woodchucks, few people in the Middle Ages needed career counseling: They had fate, the Great Chain of Being, to tell them what to do. Basically, if your father was a peasant, you'd be a peasant. If your father was a king, that's what you'd become. And if you were a woman, well, there was only one role for women.

Today, we might look at life in the Middle Ages, or life as an animal, and cringe. But the fact is that the lack of freedom represented by biological or social determinism is easy. Your life has structure, meaning, there are no doubts, no cause for soul-searching, you fit in and never suffered an identity crisis.

Historically speaking, this simple, if hard, life began to get shaken up with the Renaissance. In the Renaissance, people started to see humanity as the center of the universe, instead of God. In other words, we didn't just look to the church (and other traditional establishments) for the path we were to take. Then came the Reformation, which introduced the idea of each of us being individually responsible for our own soul's salvation. And then came democratic revolutions such as the American and the French revolutions. Now all of a sudden we were supposed to govern ourselves! And then came the industrial revolution, and instead of tilling the soil or making things with our hands, we had to sell our labor in exchange for money. All of a sudden, we became employees and consumers! Then came socialist revolutions such as the Russian and the Chinese, which introduced the idea of participatory economics. You were no longer responsible only for your own well-being, but for fellow workers as well!

So, over a mere 500 years, the idea of the individual, with individual thoughts, feelings, moral conscience, freedom, and responsibility, came into being. But with individuality came isolation, alienation, and bewilderment. Freedom is a difficult thing to have, and when we can we tend to flee from it.


(...)

In fact, since humanity's "true nature" is freedom, any of these escapes from freedom alienates us from ourselves. Here's what Fromm had to say:

"Man is born as a freak of nature, being within nature and yet transcending it. He has to find principles of action and decision making which replace the principles of instincts. he has to have a frame of orientation which permits him to organize a consistent picture of the world as a condition for consistent actions. He has to fight not only against the dangers of dying, starving, and being hurt, but also against another anger which is specifically human: that of becoming insane. In other words, he has to protect himself not only against the danger of losing his life but also against the danger of losing his mind." (Fromm, 1968, p. 61)


I should add here that freedom is in fact a complex idea, and that Fromm is talking about "true" personal freedom, rather than just political freedom (often called liberty): Most of us, whether they are free or not, tend to like the idea of political freedom, because it means that we can do what we want. A good example is the sexual sadist (or masochist) who has a psychological problem that drives his behavior. He is not free in the personal sense, but he will welcome the politically free society that says that what consenting adults do among themselves is not the state's business! Another example involves most of us today: We may well fight for freedom (of the political sort), and yet when we have it, we tend to be conformist and often rather irresponsible. We have the vote, but we fail to use it! Fromm is very much for political freedom -- but he is especially eager that we make use of that freedom and take the responsibility that goes with it.»


quinta-feira, julho 13, 2006

CRUELTY BEGINS WITH YOU.























- Mãe, alguns animais são necrófagos, comem animais mortos. O homem é necrófago ?










«Olha no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troca de lugar com ele. A vida dele tornar-se-à tão preciosa quanto a tua e tu tornar-te-às tão vulnerável quanto ele. Agora sorri se acreditas que todos os animais merecem o nosso respeito e nossa protecção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles.»
(Philip Ochoa)


«The animals of the world exist for their own reasons. They were not made for humans any more than black people were made for white, or women created for men.»
(Alice Walker)

quarta-feira, julho 12, 2006

Parideiras Condicionadas

junho 22, 2006

Há aquelas parvoíces dos Direitos Humanos e dos Direitos das Fêmeas e dos Direitos às Liberdades e outras anormalidades começadas com “direitos”. Eu sei que há, mas não pode continuar a haver. Pelo menos, não da forma oferecida como tem sido desde que se conquistaram. E não, porque é um cancro. Daqueles que infestam a sociedade, que minam a civilização, e que irritam enormemente. O direito a parir tem de ser condicionado. Mas tem mesmo, carago! Mães não há muitas, no meio de tantos milhões e quaquitribilhões de mulheres. O que há muito, isso sim, são Parideiras. E o que é uma parideira? É uma fêmea – por enquanto – que apenas dá o seu contributo fisiológico para trazer ao mundo uma criança, sustentando-a (ou não) durante uma série de anos. Portanto, e para que não haja dúvidas, uma parideira é uma mulher que dá à luz, mas que depois se demite da função que a civilização lhe atribuiu para os anos vindouros – ser a Educadora do rebento. Como não dá educação ao rebento, deixando-o crescer como uma aberração da sociedade, cravejado de traumas fingidos e desvios sociais acentuados, não passa esta mulher de uma simples parideira. Como as galinhas e as peruas, aliás. E outros animais. Pois, falta concluir com esta perspectiva: a mulher parideira não passa de um animal que pariu. Ponto final. Ora bem, e estas cenas deviam ser condicionadas, obviamente. Deu-me para isto, hoje, depois de observar com alguma atenção um bando de “pitas” de 12-15 anos. Deviam ser todas carimbadas de “parideiras condicionadas”, imediatamente, e para sempre. Aliás, “parideiras inviáveis”, definitivamente, mas pronto, há que dar o benefício à dúvida que o futuro reserva sempre. Estas “pitas” estão predestinadas a serem os espécimes de classe mais reles daquilo a que uns quantos poetas inspirados designaram de “vacas”. É uma evolução natural e previsível, esta. Basta olhar e está tudo visto. Esta gentinha de meio palmo e muito vazio, não pode parir. Era só o que nos faltava! Até podiam parir petizes saudáveis, sim, mas, e depois? Que sairia dali? Que educação teriam aquelas amostras de bovinos para dar? Zero! Ou menos, ainda. Portanto, tem de ser missão da civilização corrigir-se a si própria, prevenindo que o futuro traga aberrações ainda maiores do que as que já circulam por aí. Chama-se a isto um processo auto-correctivo. Carimbam-se estas “pitas” logo que se denota a pinta, e pronto, meio caminho andado para a prevenção eficaz. Ou seja, pode partir-se logo para aquelas operações maquiavélicas de extrair não sei o quê dos ovários e cortar não sei o quê no útero e encher não sei o quê nas trompas e ah e tal. Depois, que andem por aí a roçar-se com trolhas e a rebolarem com bêbados, que não virá muito mal ao mundo. Porque estas “pitas”, a bem dizer, do jeito que estão as coisas, vão todas emprenhar muito cedo, ficando depois muito surpresas, apanhadas a meio da festa da vida, atiradas para aquela chatice de vida de progenitora à qual darão o mínimo dos mínimos. É mau, esta onda, mas ainda há-de vir o dia! Daqui a uns anos, provavelmente quando eu já não andar cá, mas vai ser esse o caminho. A sociedade vai ver-se a braços com um descontrolo total da transmissão de valores de geração em geração, e terá que meter a mão na massa para endireitar tanta coisa torta. O direito a parir terá que ser adquirido, como se de um passaporte se tratasse. Estará dependente do percurso de vida até aí, e não olhará a desculpas. A sociedade condicionará as tantas coisas que hoje fazem parte daquela libertinagem disfarçada de liberdade e direitos a que estamos habituados. E vai doer, pois vai, mas terá que ser assim. Os direitos não serão adquiridos, como até agora, mas terão de ser conquistados. A diferença, em relação ao passado, é que estarão inteiramente disponíveis para serem conquistados. Só faltará mesmo conquistá-los. A Patrícia quer ser mãezinha? Quer? Então vamos lá ver como tem sido a sua vida!... Ah pois é! Vai doer, mas vai ser assim, depois de termos todos batido muito lá no fundo.

autor: pickwick

Corpo de Esperança

12


Começam por ti todos os versos...


...e um dia as aves voarão o céu até aos teus olhos,]
as crianças hão-de pisar teu corpo de alegria
com seus risos, seus tácitos encontros com o invisível]
e seu secreto esquecimento.


Num chão de cousas desapercebidas
terão passado sobre ti os reinos,as filosofias e os namorados,]


e tu repousas, nua, no coração do Silêncio,
como uma estrela dentro do céu.

Victor Matos e Sá

segunda-feira, julho 10, 2006

«IL MONDO È NOSTRO» - manchete dum qualquer jornal italiano.

sexta-feira, julho 07, 2006

Os comportamentos anti-sociais e a vinculação como factor interveniente

Os comportamentos anti-sociais entendem-se, actualmente, como um padrão estável de desrespeito pelos direitos do outro e de violação das normas sociais aceites pela comunidade em que o indivíduo actua, sendo que existem vários percursos e prognósticos associados a estes comportamentos.
De facto, entre os vários factores que se consideram poder estar na base destes comportamentos um dos mais comunemente citados diz respeito às relações familiares, nomeadamente às consequências da qualidade da relação primária de vinculação, isto é, à qualidade da primeira relação de vinculação estabelecida no primeiro ano de vida com alguém próximo (pode ser a mãe, o pai, uma avó, um irmão mais velho…).
Assim, segundo Bowlby (1980) e Ainsworth (1989), podem ser definidos os elementos básicos na compreensão do que é a vinculação:

->A vinculação primária diz respeito a comportamentos do bebé maioritariamente inatos cujo objectivo é promover a proximidade entre o bebé e outra pessoa, geralmente a mãe (por exemplo, sorrir quando a mãe o olha ou chorar quando sente que foi deixado sozinho no quarto).

->Os comportamentos que promovem a vinculação vão ficando mais sofisticados ao longo do desenvolvimento (por exemplo, um bebé de três meses chora se for deixado sozinho numa divisão enquanto está acordado, mas outro de 10 ou 11 meses já conseguirá seguir a mãe gatinhando).

->A capacidade de criar vinculação é universal a nível da espécie, mas o seu desenvolvimento pode assumir diferenças dependendo de factores culturais, sociais e relativos ao sexo e às diferentes condições de vida (por exemplo, as mães japonesas cuidam elas mesmas do seu bebé a maior parte do tempo enquanto que noutras comunidades a criança é desde cedo entregue aos cuidados de toda a família).

->É através da rotina que o bebé interioriza expectativas relacionais – modelos internos de funcionamento de relações (por exemplo, se o bebé obtiver repetidamente como resposta a uma vocalização, a atenção manifesta da pessoa a quem se dirigia, ele tenderá a utilizar a vocalização para iniciar a interacção com o outro – hatching).

->Um padrão de vinculação não é necessariamente imutável ou insubstituível (por exemplo, bebés com padrão de vinculação inseguro, quando adoptados por pais com padrões de vinculação segura poderão desenvolver posteriormente uma vinculação segura com os pais adoptivos).

->As perturbações dos padrões de vinculação podem manifestar-se em qualquer idade (por exemplo, uma criança com padrão de vinculação segura pode começar a manifestar padrões comportamentais de vinculação insegura face a acontecimentos importantes, como o abandono inexplicável da criança por parte da figura significativa).

->Um dos determinantes no tipo de vinculação que se estabelece é a experiência de SEGURANÇA emocional e física que é associada à relação.


Existe, na verdade, um método popular de avaliar em crianças pequenas (com cerca de 1 ano) qual o tipo de relação de vinculação que orienta os seus comportamentos. O método denomina-se Situação Estranha e foi desenvolvido por Ainsworth (1963, Estudo de Baltimore); este permite, no fundo, observar qual o comportamento da criança numa situação stressante (que activa a procura de segurança e conforto – o padrão de vinculação). Desta forma, a criança e a mãe são conduzidas a uma sala com brinquedos com os quais a criança pode brincar. Alguns minutos depois entra um estranho cuja função é brincar com a criança. A mãe sai enquanto o estranho brinca com a criança e regressa três minutos depois. Passado algum tempo volta a sair, sendo seguida pouco depois pelo estranho – a criança é deixada sozinha na sala. O desconhecido regressa. E minutos depois regressa a mãe. Todo o processo dura cerca de vinte minutos e é observada em particular a reacção da criança quando a mãe retorna.
Assim, de acordo com o estudo de Ainsworth, foram identificados três padrões comportamentais dominantes associados a três classificações qualitativas da vinculação:

1. Tipo A – cerca de 20% das crianças observadas ignorava ou evitava a mãe quando esta regressava à sala: vinculação insegura ou de evitamento;
2. Tipo B – cerca de 70% das crianças observadas reaproximava-se imediatamente da mãe, procurando conforto e interacção: vinculação segura;
3. Tipo C – cerca de 10% das crianças observadas ficava preocupada com ausência da mãe e reaproximava-se dela quando esta regressava, contudo, não se deixavam consolar alternando entre demonstrações de irritação, cólera e agitação ou ansiedade: vinculação insegura ambivalente;

Mais tarde, foi identificado um quarto padrão:

4. Tipo D – algumas crianças juntavam a comportamentos de evitamento e resistência, sinais de confusão, depressão ou apreensão, relacionados possivelmente com medo relativo à fonte de segurança ou alguma ameaça ocorrida anteriormente em que a protecção por parte da figura significativa falhou: vinculação desorganizada ou desorientada;

Contudo, salienta-se ainda que a análise de padrões de vinculação deve ainda levar em conta factores socioeconómicos e culturais, suportes sociais, patologias afectivas ou biológicas dos pais ou da criança, a idade e o temperamento da criança e a sensibilidade da mãe (geralmente que acompanha a criança nesta avaliação, mas que pode não ser a figura significativa de vinculação).
De facto, relativamente ao papel da mãe, a sua sensibilidade, isto é, a capacidade de responder de forma apropriada e em tempo útil aos sinais do bebé é uma condição importante, ainda que NÃO EXCLUSIVA, no desenvolvimento de uma vinculação segura; a sensibilidade materna surge ainda como o melhor preditor do tipo de vinculação que a criança manifestará quando se sentir ansiosa ou angustiada.


Na verdade, apesar de uma vinculação insegura não prever necessariamente comportamentos perturbados e da vinculação segura não garantir que estes não ocorram, o tipo de vinculação que se estabelece com a figura significativa é, de facto, o mais preditivo da posterior adaptação social da criança.
Desta forma, em termos gerais, podemos dizer que à medida que crescem as crianças com padrões de vinculação segura tendem a desenvolver comportamentos pró-sociais (maior resiliência e capacidade de evitar e gerir conflitos, por exemplo), enquanto que as crianças com padrões de vinculação insegura desenvolvem estratégias defensivas capazes de comprometer a sua adaptação social (tais como a agressão deslocada, isto é, dirigida aos colegas em vez de à mãe rejeitante, ou a oscilação entre o papel de agressor e vítima aliado a uma dependência forte a novas figuras de vinculação quando o comportamento de proximidade da mãe é imprevisível).

Em conclusão, salienta-se que vários estudos longitudinais sobre a vinculação apontam para a sua estabilidade ao longo do desenvolvimento, ao mesmo tempo que mostram também que a qualidade da vinculação não justifica por si só os comportamentos anti-sociais das crianças, adolescentes e adultos. Contudo, se nenhuma intervenção for implementada junto das famílias com padrões de vinculação de tipo A, C e particularmente de tipo D, estes podem actuar na adolescência e na idade adulta como factores de risco potenciadores de comportamentos anti-sociais manifestados de outra forma e em maior magnitude (por exemplo, a facilitação da aderência a grupos de ideologia radical na adolescência ou a repetição das experiências menos boas na educação dos filhos na idade adulta), ainda que sintomas reencenados dos mesmos problemas de estrutura.


baseado em: Machado, T.S. (2000) Vinculação e comportamentos anti-sociais.

quinta-feira, julho 06, 2006

«- Eles estão-se nas tintas para o povo!» - mexicana anónima sobre as eleições no México noticiadas hoje no telejornal da RTP.

quarta-feira, julho 05, 2006

Nada. Rien. Nothing. Null. Niente. Nada.

By now I'm sure.

segunda-feira, julho 03, 2006

Embotamento afectivo

«Eu quero o "meu mundo", o mundo que levei 20 anos a construir e que gostava imenso. Perdi-me de tudo e de mim mesma. É desesperante alguém que amamos beijar-nos e não sentirmos mais que lábios, pedaços de carne quente que chegam a incomodar-nos. É horrível um amigo chorar ao nosso lado e não vermos mais que lágrimas, gotas de água, só isso. Não sermos capazes de dizer nem fazer nada, continuarmos apáticos, possivelmente a pensar em nós. Que egoísmo! (...) Afectivamente tanto me faz. Eu não suporto magoar alguém e não me doer, nem pensar que estou a magoar essa pessoa. Não pode ser, estou farta. Tenho de parar, não quero magoar mais ninguém. (...) As cartas, que sempre me davam tanta força, hoje nem me apetece abri-las, vou guardando tudo. No fundo, estou farta de deitar coisas belas fora, como ler uma carta de um amigo sem sentir uma linha. É demais, eu não aguento.»


Auto-descrição recolhida pela Dra. Helena Rita. (retirado de: http://acabra.blogspot.com)