domingo, dezembro 31, 2006

Objectivamente...

Jim Davis, 20 de fevereiro de 2003

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Com a devida autorização

publicado em: 12/20/2006

DICIONÁRIO DE NOMES FAMILIARES
"Família" é tudo. O que vem de trás e ficará para a frente. A certeza de não estarmos com as raízes a apodrecer em água estéril. Que quando todos fugirem ao nosso toque leproso, haverá um irmão, ou uma filha, ou, se tivermos sorte, ainda uma mãe ou um pai que nos lavarão as chagas ignorando o cheiro dos nossos corpos e impedindo que reabramos as feridas com as nossas próprias mãos. São ainda aqueles que puxámos para o interior da caravana sem abrandar o passo.
Se existisse um dicionário de relações familiares teria entradas assim:

FILHOS- O que sai de dentro às mães e dos olhos aos pais. Camada que recobre o coração de forma permanente e indelével. Prolongamento de nós sendo outro. Razão mais que suficiente para renunciarmos à solidão humana.

IRMÃOS- Castigo inicial que se transforma em apoio lateral com os anos. Aquele ou aquela que estará do outro lado da linha telefónica - ou do que vier a ser inventado - a pedir ou a dar ajuda. Pelo menos até que a sua nova condição familiar o/a não consuma. Quem nos dá a certeza de que nem sempre fomos assim.

PAIS- Aqueles que estavam quando ainda só eles estavam. Os que recuaram quando outros chegaram. Os que avançaram quando outros recuaram. Os que se esqueceram da idade e das dores à vista das nossas dores e sem olhar à nossa idade. Os que vão estar aqui até que, seguros pela nossa mão, deixem de o estar.

AMANTE/AMIGO/AMIGA/HOMEM/MULHER- Todo o que nos ama para lá das nossas perfeições. O elo mais frágil da cadeia. Aquele em que nos apoiamos com mais força por ser do mesmo tamanho que nós e estar treinado no nosso passo de saltador de valas inundadas. O que pode mudar e quase sempre muda. O indispensável.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Na época de exames não há posts.

Ps - Desculpa Bruno,
vais ter de esperar,
mas eu prometo ir ao
supermercado...

domingo, dezembro 10, 2006

Citação de citação

«O método empregado nas aulas parece-me o melhor, o mais fecundo e científico. Mas, para pessoas nós que suportamos há muito, muito tempo, o estilo magistral, o método da autoridade, este novo processo é incompreensível. As pessoas como nós estão condicionadas para ouvir o professor, tomar passivamente os nossos apontamentos e decorar o que nos marcam de bibliografia para exame. Não é necessário dizer que é preciso muito tempo para nos desembaraçarmos dos nossos hábitos, mesmo se são infecundos e estéries.»
Alguém sabe de quem?

domingo, dezembro 03, 2006

Religiões Diferentes

Em Leiria, dentro de um autocarro da Rede de Expressos em andamento:

- O que é isto? - peguntou ele ao avistar um aglomerado de pessoas à porta dum edifício - Ah, devem ser os... os...
- São os protestantes. - respondeu ela.

Quase de imediato, à medida que o autocarro avançava em direcção à Rodoviária, pude ver o edifício de que falavam, bem como o aglomerado de pessoas a que se referiam. Na montra podia ler-se em letras gigantescas: «ZARA».

quinta-feira, novembro 30, 2006

Eles acham que nós somos estúpidos.

«Vão ter as respostas Nunca, Raramente, Às Vezes, Muitas Vezes, Sempre, mas podem ser outro tipo de género de questões.»

«As questões podem ser agrupadas em grupos.»

«(...) factores psicológicos desempenham funções importantes no aparecimento de distúrbios emocionais.»

- excertos da aula de Psicologia Diferencial, hoje, entre as 16h e as 17h.

terça-feira, novembro 28, 2006

Este post é um fórum de discussão.

Usem os comentários para resolver as vossas coisas (ou para marcar uma Cimeira de Paz).

Frases Célebres

«Eu falo inglês como uma vaca espanhola.» - o professor que devia ser reitor desta universidade.

domingo, novembro 26, 2006

um cigarro

Deixa-me tapar-te, disse. Obrigado, com um sorriso, com um até amanhã prometido. Amanhã, vamos arrumar esta confusão. Vamos. Prometes? Vou estar aqui amanhã. Prometes? Sorriso. Está tudo bem. Prometes? Prometo, agora dorme.
Não te iludas. Talvez eu nunca consiga visitar a tua campa. Talvez eu nunca mais consiga dormir. Tudo o que quero agora não existe e os meus sonhos nunca vão acordar. Nunca mais. Prometo.
Bom dia, meu amor. Estás aqui e o mundo não acabou. Eu não me lembro desta conversa. Tu não existes. Não consigo dormir. O luar entra pela janela e escalda-me a pele. Eu acredito tenuemente que estás aqui. De verdade. Amanhã vou voltar ao mundo e tratar de deixar-me afogar nas coisas.

Caminho descalça pela areia. O vento penteia-me os cabelos. Sinto a tua falta. Resolvo mergulhar directamente e sinto frio. Tudo à minha volta está suspenso como eu. E não sinto nada. Só frio. É bom estar aqui, mas vou ter de fazer alguma coisa. De voltar ao mundo. Assim. Do nada. Se eu soubesse, não te tinha deixado ir. Tinha-te prendido à cama naquela manhã. Mas eu não sabia. Não teve nada a ver comigo. Como se eu tivesse culpa de alguma forma, sabes? Tu não existes.
Estou ensopada e caminho pela areia enquanto o vento me gela o corpo e me garante que estou viva. Porque me dói. Como se não houvesse mais nada. O mundo não acabou.

sábado, novembro 11, 2006

Para quem não sabe o que é a Latada de Coimbra...

... começa assim...
... há latas... ... nabos...... roupas diferentes...... confusão...... e o baptismo dos caloiros no último dia, ... enquanto nós tomamos a cidade por uma semana.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Anexação: alguém me explica porque é que quase metade dos espanhóis acha que isto é boa ideia?

«São mais os espanhóis do que os portugueses que veriam com bons olhos uma eventual união entre os dois países vizinhos. Quase metade dos espanhóis contra pouco mais de um quarto dos portugueses.

Uma sondagem publicada ontem pela revista espanhola Tiempo revela que 45,6 por cento dos espanhóis são favoráveis à fusão. Destes, a maioria (43,4 por cento) defende que o novo país deve ter um velho nome - Espanha -, ao passo que 39,4 por cento chamar-lhe-iam Ibéria; e a esmagadora maioria (80 por cento) defende que a capital deve manter-se em Madrid, contra apenas 3,3 por cento que favorecem Lisboa.

Cerca de metade dos inquiridos defende a manutenção do actual regime monárquico espanhol contra 30,2 por cento favorável a uma República.

A sondagem revela que o apoio à união entre os dois países é particularmente elevada entre a população mais jovem, dos 18 aos 24 anos, com mais de metade (50,8 por cento) a mostrar-se favorável a essa opção.

Esta sondagem surge poucas semanas depois de uma visita presidencial de Cavaco Silva a Espanha e de uma sondagem publicada pelo semanário português Sol que indicava que 28 por cento dos portugueses são a favor de uma integração de Portugal e Espanha num único Estado.

Esta revelação teve, porventura, mais eco do outro lado da fronteira do que cá, suscitando artigos de opinião na imprensa espanhola e até uma reportagem no telejornal da TVE sobre como as tabuletas comerciais (em português) teriam de ser alteradas (para castelhano), se tal fusão se concretizasse...

Para ilustrar uma hipotética união ibérica, a revista Tiempo publica uma reportagem realizada nas aldeias vizinhas de Rionor de Bragança (Portugal) e Rihinor de Castilla (Espanha), separadas apenas por um rio.» - notícia publicada no Público (versão digital).


Mas expliquem-me assim como se eu fosse muito pequenina qual foi o racíocinio? É só porque já tentámos isto antes durante 60 anos e... que bem isso correu aos dois países... não foi?

segunda-feira, outubro 16, 2006

domingo, outubro 15, 2006

Educação cultural...

Tudo isto é fado

Perguntaste-me outro dia
Se eu sabia o que era o fado
Eu disse que não sabia
Tu ficaste admirado
Sem saber o que dizia
Eu menti naquela hora
E disse que não sabia
Mas vou-te dizer agora


Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na Mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor, ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado


Se queres ser o meu senhor
E teres-me sempre a teu lado
Não me fales só de amor
Fala-me também do fado
Que o fado que é meu castigo
Só nasceu p'ra me perder
O fado é tudo o que eu digo
Mais o que eu não sei dizer


Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na Mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor, ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado


Amor, ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado

segunda-feira, outubro 02, 2006

Há que educar as crianças...

... as meninas:
... e os meninos:

domingo, setembro 24, 2006

Eu sei, eu sei!... Estou atrasada... O Outono (que mais parecia o Inverno, caramba!) chegou as 6h34 da manhã do dia 21(sim, eu estava acordada, eu vi o Verão ir-se embora).

segunda-feira, setembro 18, 2006

«On What Happened»



«To sum it up: my mother thinks my brothers and I are harboring smocked dresses. In her mind we are deliberately withholding them, and this is a very very bad thing. Period.

A person experiencing untreated schizophrenia is typically characterized as demonstrating disorganized thinking, and as experiencing delusions.

The problem is, when I got her torn up piece of shit legal pad note in the mail, I went numb. All of my emotional systems shut down. Except for the fact that I was vibrating internally, the panic attack was suppressed as I almost wholly refused to speak for the rest of the evening. I didn't cry.

The term schizophrenia translates roughly as "shattered mind," and comes from the Greek schizo, "to split" or "to divide" and phren, "mind".

I screamed in the car. I put on my brave face. I went to therapy and was so affected when trying to discuss the situation, my mouth went dry. I could hardly speak from the internal shaking. And I still didn't cry.

Although no common cause of schizophrenia has been identified in all individuals diagnosed with the condition, currently most researchers and clinicians believe it results from a combination of both brain vulnerabilities (either inherited or acquired) and stressful life-events.

Yesterday at work, there were too many people in the lonely basement office and my systems were overstimulated. I kept a smiley face, spoke clearly and quietly, suppressed the vibrations, and finally came home.

Childhood experiences of abuse or trauma have also been implicated as risk factors for a diagnosis of schizophrenia later in life.

Then the cat meowed. Like 25 times. So I threw shit: into the hallway. Into the kitchen. And the next thing I remember, my husband was holding me where he found me: fetal on the red rug, sobbing and heaving on the kitchen floor.

Since psychosis is associated with greater levels of right brain hemisphere activation and a reduction in the usual left brain hemisphere dominance, our language abilities may have evolved at the cost of causing schizophrenia when this system breaks down.

Fuck this is dramatic. I'm sorry.

Researchers into shamanism have speculated that in some cultures schizophrenia or related conditions may predispose an individual to becoming a shaman.

Everytime I hear from my mother, which is on average once a year, it brings up everything I have ever gone through with and about her. Except this time, it was different---I have never felt so fucking destroyed. Something inside of me shifted this time around. A bottom dropped. A wall up. A light out.

Individuals who are at risk for developing a psychotic illness usually experience mental and emotional changes before more serious symptoms develop. These early signs are often non-specific, sometimes, even barely noticeable. The unexpected decline in a person's usual way of functioning or relating to others is the most common indicator of an early sign of risk. This early period is called the "prodromal" period (or Prodrome) by psychiatrists.

I had my last day with the newage boss (who's off meditating with monks for a week in silent retreat). I start a new job on Monday. I regret that Mother knows how to find me, and that's what feels worst of all.

For in that tragedy, madness ends in catastrophe.»

Put things in perspective.

«If a tree falls in the forest, will YOU make a sound?»
- in The Simpsons

Trees can't run away.

domingo, setembro 17, 2006

Soldier Side - by Daron Malakian, System of a Down


Dead men lying on the bottom of the grave
Wondering when Savior comes
Is he gonna be saved
Maybe you're a sinner into your alternate life
Maybe you're a joker, maybe you deserve to die

They were crying when their sons left
God is wearing black
He's gone so far to find no hope
He's never coming back

They were crying when their sons left
All young men must go
He's come so far to find the truth
He's never going home

Young men standing on the top of their own graves
Wondering when Jesus comes
Are they gonna be saved
Cruelty to the winner, Bishop tells the King his lies
Maybe you're a mourner, maybe you deserve to die

They were crying when their sons left
God is wearing black
He's gone so far to find no hope
He's never coming back

They were crying when their sons left
All young men must go
He's come so far to find no truth
He's never going home

Welcome to the Soldier Side
Where there's no one here but me
People all grow up to die
There is no one here but me

Welcome to the Soldier Side
Where there's no one here but me
People on the soldier's side
There is no one here but me

sexta-feira, setembro 15, 2006

Educação... a.k.a....

...Traçadinho - António Vicente


Vejo a lua duas vezes (hic)
E o céu está a abanar....
Que diabo aconteceu?
Como é que aqui vim parar?

As pernas estão-me a tremer,
Isto agora vai ser bom...!
Queria cantar um fadinho,
Mas não acerto com o tom!!

Desta vez estou mesmo à rasca...
Vou-me pirar de mansinho...
Não volto aquela tasca!!
Não bebo mais traçadinho!!


Tenho a guitarra partida,
Esta noite é p’ra desgraça!!
Não conheço esta avenida...
Afinal o que se passa?!

Esta vida é de loucos,
Esta vida é ir e vir....
Porque um homem bebe uns copos,
Começa logo a cair...

quinta-feira, setembro 07, 2006

O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

Fernando Pessoa, Mensagem

When I heard at the close of the day

When I heard at the close of the day how my name had been receiv'd
with plaudits in the capitol, still it was not a happy night
for me that follow'd;
And else, when I carous'd, or when my plans were accomplish'd, stillI was not happy;
But the day when I rose at dawn from the bed of perfect health,
refresh'd, singing, inhaling the ripe breath of autumn,
When I saw the full moon in the west grow pale and disappear in themorning light,
When I wander'd alone over the beach, and undressing, bathed,
laughing with the cool waters, and saw the sun rise,
And when I thought how my dear friend, my lover, was on his way
coming, O then I was happy;
O then each breath tasted sweeter--and all that day my food nourish'dme more--and the beautiful day pass'd well,
And the next came with equal joy--and with the next, at evening, came
my friend;
And that night, while all was still, I heard the waters roll slowly
continually up the shores,
I heard the hissing rustle of the liquid and sands, as directed tome, whispering, to congratulate me,
For the one I love most lay sleeping by me under the same cover in
the cool night,
In the stillness, in the autumn moonbeams, his face was inclinedtoward me,
And his arm lay lightly around my breast--and that night I was happy


Walt Whitman

Vocabulário de Estágio

«Deixe-me só acabar de terminar aqui a minha chamada, dótôra...»

«ambos os dois»

«ambos os três»

«'tou cheia de inquietações»

«Ó Dótôra, eu venho cá pa ver se a dótôra pede assim pra porem o meu sobrinho numa prisão melhorzinha, sabe... é que senão ele vai ser muito mal tratado, sabe... é que ele é homem sexual e tóxico independente, sabe...»

Estas, entre outras preciosidades...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Aula de Direito (apontamentos)

«(...) éstos son los caracteres de toda "ciencia" jurídica según mis apuntes:
1. Intersubjetividad.
Y pone literalmente esta sandez incomprensible: "el vocablo intersubjetividad alude a la dimensión pluridimensional que manifiestan las relaciones contempladas por el Derecho". (...)»

- Kinderzimmer sobre o Direito Canónico.

Russians - Sting

In Europe and America
There's a growing feeling of hysteria
Conditioned to respond to all the threats
In the rhetorical speeches of the Soviets.

Mister Krushchev said, "We will bury you"
I don't subscribe to his point of view
It'd be such an ignorant thing to do
If the Russians love their children too.

How can I save my little boy
From Oppenheimer's deadly toy?
There is no monopoly of common sense
On either side of the political fence!

We share the same biology
Regardless of ideology!
Believe me when I say to you
I hope the Russians love their children too.

There is no historical precedent
To put the words in the mouth of the president...                                                              Agência Reuters
It's a lie we don't believe anymore!...

There's no such thing as a winnable war,
Mister Reagan says, "He will protect you"
I don't subscribe to his point of view
Believe me when I say to you
I hope the Russians love their children too.

We share the same biology
Regardless of ideology
What might save us, me and you,
Is if the Russians love their children too.

quarta-feira, agosto 23, 2006



«If you can take advantage of a situation in some way, it's your duty as an american to do it!!» - Montgomery Burns («The Simpsons: Mountain of Madness», emitido pela primeira vez a 2 de Fevereiro de 1997).






Matt Groening

domingo, agosto 20, 2006

Porque a sobremesa é a parte mais importante da refeição...

1 lata de leite condensado
4dl de natas
1 embalagem de filipinos ou M&M's

Bata as natas. Junte os leite condensado e ligue com uma colher. Pique os filipinos ou os M&M's e misture. Embora possa servir de imediato, ponha no frigorífico umas horas.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Horn Shark (Heterodontus francisci)

O Horn Shark pode ser encontrado entre o centro da costa da Califórnia e a do México e talvez até na costa do Equador e do Peru. É um animal nocturno que se alimenta de pequenos peixes, caranguejos, moluscos, ouriços do mar, lulas e anémonas. Estes tubarões vivem entre os 2 e os 150 m de profundidade em fundos arenosos, recifes rochosos e florestas de Kelp gigante.
O acasalamento dá-se entre Dezembro e Janeiro e a postura dos ovos, que podem ser até 16, dá-se entre Fevereiro e Abril. Os ovos chocam durante 6 a 7 meses e inicialmente são verde-escuro, mas rapidamente se tornam pretos; estes tubarões nascem com cerca de 12 cm e crescem até aos 122 cm. Habitualmente, vivem entre 25 a 30 anos, embora possam viver até aos 50.

Uma das suas características principais são os espigões na frente das barbatanas dorsais, cuja função é defensiva. O Horn Shark é um animal dócil, mas se for incomodado tenta morder.

well, duuuh!...

domingo, agosto 13, 2006

UM CIGARRO

O cigarro é como a vida, esfuma-se, mata. São fáceis, o cigarro e a vida, mas demoram, demoram, demoram... o que é que aconteceu, querido? Todos aprendemos a morrer enquanto estamos vivos. Um cigarro, um cigarro é só um sintoma, um sintoma de amor – se à morte se à vida ainda não percebi. Talvez a ambas. Se sobrevivêssemos à morte saberíamos, mas aí não estaríamos mesmo mortos, pois não? Mas também já não estaríamos mesmo vivos.

Viro-me para o outro lado, à horas que rolo na cama. Nada disto é lógico. Nada disto deve ter uma explicação. Eu só preciso dum cigarro, acendo-o com um vidro se for preciso, está um sol desgraçado! Já devia ter saído da cama há muito. Ninguém está na cama às três da tarde, só eu. Contigo, como se tu existisses mesmo e não te tivesse imaginado completamente. É tão estúpido, isto, tão... inverosímil que parece mentira. Morreu, de facto, alguém? Rebolo, finalmente, para fora da cama. Suponho que devia ir comer alguma coisa, mas não me apetece.

sexta-feira, agosto 11, 2006

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos

como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa

da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,

porque então morreria.

Pablo Neruda

sábado, agosto 05, 2006





Who?! Who in the Media tricked you?!!




- questão colocada por Bobby Hill a Peggy Hill.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Filmes de Férias

30 de julho de 2006


Antes de Agosto, a propaganda tenta convencer-nos a ser civilizados. Os civilizados ficam convencidos.

Começou a época dos anúncios injustos. Vem Agosto, as férias, enfim, a partida para longe e, com isso, as campanhas para dar má consciência a alguns de nós. Errando o alvo, porque esses alguns de nós não precisavam da campanha. E quem precisa dela olha com indiferença a mensagem-denúncia.

Dois filmes de propaganda. Um enterro, a preto e branco, como se deve nos bons filmes sobre o assunto, pazadas de terra sobre o caixão, familiares que choram. Todos partem, deixando o montículo de terra sobre o falecido bem-amado. Todos? Não. Um canito deixa partir os bípedes, mas, ele, não abandona. Triste como um cão de dono morto, vai deitar-se na campa. Mensagem: se ele nos é fiel nos maus momentos, como somos nós capazes de abandoná-lo nos momentos felizes de partir para férias?

O segundo filme começou a ser exibido nos televisores, anteontem. É encomendado pelo Ministério da Administração Interna e é sobre os acidentes rodoviários. Crianças entram num avião e enchem-no. Uma frase explica como se relaciona entrar para um meio de transporte para se prevenir acidentes de outro meio de transporte: “Todos os anos, a velocidade nas estradas vitima um avião cheio de crianças”...

Cães abandonados, crianças acidentadas na estrada – dois factos que merecem denúncia. Duas abordagens com aquela intenção de falar para as pessoas que raramente se vê nos filmes nacionais e começa também a ser rara nos jornais portugueses, mas que na publicidade são usuais. Enfim, bons assuntos e bem tratados. E, no entanto, como eu disse inicialmente, errando o alvo.

Diz-se da publicidade que ela já nos convenceu que nos convence. Só que, se isso é verdade, é manifestamente exagerado. Quer dizer, ela consegue convencer-nos da sua influência quando estamos virados para aí. Fora disso, é tempo perdido. A ideia de mostrar um cão fiel até ao último momento, a imagem de ele se deitar sobre a campa do dono, claro que me comove. E quando se serve a ideia que temos de magno desastre – um acidente de avião – para chamar a atenção do corriqueiro acidente rodoviário, mostrando que estes acabam por matar tanto (aliás, matam mais), claro que aplaudo a mensagem certa. Comovo-me eu, aplaudo eu. Só que eu não abandono cães em Agosto, nem ando a 160 na A1.

O problema, pois, com esses dois bons filmes de propaganda de duas causas justas é que me dão problemas de má consciência, a mim, que não preciso da mensagem, e deixam indiferentes os que deviam ouvir e acatar. A sensibilidade de quem fez um minifilme comovedor sobre o canito fiel não atinge o bruto que pegou no seu Rex, este fim-de-semana, e o largou na Outra Banda, porque amanhã há que embarcar para duas semanas em Santo Domingo.

Ontem, duas horas antes de eu escrever esta crónica, um tipo de Opel Corsa seguia, no IC19, tão colado à minha traseira que nem lhe via a matrícula. A mulher ia sentada ao seu lado, com o bebé pousado no colo. Tudo indícios de que aquele filme da Administração Interna, por mais que passe, nunca o convencerá que conduzir prudentemente salva crianças. A única coisa que o convenceria seria o seu bebé tornar-se má estatística e, mesmo nesse caso, só o convenceria do seguinte: que teve azar.


Ferreira Fernandes, Jornalista

domingo, julho 23, 2006

See what I see

O rio Tejo vindo (a vir) de Espanha.

sexta-feira, julho 21, 2006

E agora algo mais sério:

hum...

Ida ao supermercado

Depois de um duche (eu devia saber, estar mais avisada do que isto...), vou até a faculdade (não, não saiu nenhuma nota), onde escorrego no degrau da entrada... Enfim, desço até a Baixa da cidade e, puff, vinda não sei de onde esbarra em mim e na minha saia limpa uma miúda coberta de gelado de chocolate... um pouco mais à frente ultrapasso um casal de turistas e, hei, levei com um pingo directamente do ar condicionado de alguém (ihac)... Já na zona do supermercado, há tráfego constante de autocarros... Finalmente, entro, faço as minhas compras e na caixa levo uma pisadela duma idosa (eu 'tava de chinelos)... Pago e volto para casa. De autocarro, claro está. Que avariou duas vezes (porcaria de cabos eléctricos) antes da minha paragem, que eu, de resto, não vi chegar, pelo que só sai na seguinte...

...e agora que penso nisso, esqueci-me do pão...


Note to future self: fazer lista de compras e OLHAR PARA ELA enquanto ando às compras e NUNCA MAIS tomar duche ANTES de ir ao supermercado; ou não sair de casa...

Sobre a distância

Quando você vai embora de nós
o pronome parte-se ao meio
você diz que só leva o s
e o que adianta?
se comigo sobra o nó
na garganta.

Rita Apoena

quinta-feira, julho 20, 2006

Figuras de Estilo

Sarcasmo

retirado na íntegra de outro blog

terça-feira, julho 18, 2006

Cuando termine de arreglar mi avión
Quiero salir a dar una vuelta sobre la cuidad
Quiero ver como la gente camina sobre las calles mojadas
Quiero ver los paraguas negros bajo mis pies
Quiero contar cuantas personas salen a caminar
Sin miedo a mojar su cabeza
Creo que veré a un par de locos caminar sin miedo
Por el centro de la ciudad
Pisando las posas de agua y fumando un cigarro
Pensando calladamente en el pasado
Y amando en cada segundo su presente
Deseándose mutuamente un buen futuro
Te voy a pasar a buscar
Me voy a estacionar en los techos de enfrente
Y te cantaré una canción
Quiero que te asomes a la ventana
Con tu sonrisa de siempre
Esa que me encanta y me derrite cada mañana
Quiero que camines con tu maleta por los techos
Y que llegues hasta mi
Tomes mi mano y subas
Sin miedo
¿dónde iremos?
El avión está con piloto automático
Listo para viajar donde sea
Donde el nos quiera llevar
Un lugar tranquilo
Ahí donde los fantasmas no existen
Porque está todo hecho para que soñemos las dos
Ahí, donde con mis billetes de metrópoli
Voy a comprar un terreno y construir nuestra casa
Ahí, donde con toda la familia 104 viviremos
Estoy esperando que la pintura de mi avion se seque
Ojala que los colores que elegí te gusten
Y que no sea peligroso viajar con la lluvia que cae afuera

Nadie

segunda-feira, julho 17, 2006

I have done all I can...

Where I am getting a future...

... and where I should actually be.

sábado, julho 15, 2006

«- Trás-os-Montes entra na era das autoestradas.» - o 1ºministro, em directo para a SIC no telejornal das 13h, a propósito da inauguração de 32km de autoestrada no norte do país.

Não se enganem, o que ele quis dizer foi que sair daquela zona do país será agora mais rápido. É apenas um meio eficaz de aumentar a desertificação do interior, não que alguém deva ser forçado a viver onde quer que seja... muito menos na miséria vergonhosa a que os sucessivos politícos têm votado certas zonas do nosso belo e verdinho país.

Cute blends...

«As his biography suggests, Fromm's theory is a rather unique blend of Freud and Marx. Freud, of course, emphasized the unconscious, biological drives, repression, and so on. In other words, Freud postulated that our characters were determined by biology. Marx, on the other hand, saw people as determined by their society, and most especially by their economic systems.

He added to this mix of two deterministic systems something quite foreign to them: The idea of freedom. He allows people to transcend the determinisms that Freud and Marx attribute to them. In fact, Fromm makes freedom the central characteristic of human nature!

There are, Fromm points out, examples where determinism alone operates. A good example of nearly pure biological determinism, ala Freud, is animals (at least simple ones). Animals don't worry about freedom -- their instincts take care of everything. Woodchucks, for example, don't need career counseling to decide what they are going to be when they grow up: They are going to be woodchucks!

A good example of socioeconomic determinism, ala Marx, is the traditional society of the Middle Ages. Just like woodchucks, few people in the Middle Ages needed career counseling: They had fate, the Great Chain of Being, to tell them what to do. Basically, if your father was a peasant, you'd be a peasant. If your father was a king, that's what you'd become. And if you were a woman, well, there was only one role for women.

Today, we might look at life in the Middle Ages, or life as an animal, and cringe. But the fact is that the lack of freedom represented by biological or social determinism is easy. Your life has structure, meaning, there are no doubts, no cause for soul-searching, you fit in and never suffered an identity crisis.

Historically speaking, this simple, if hard, life began to get shaken up with the Renaissance. In the Renaissance, people started to see humanity as the center of the universe, instead of God. In other words, we didn't just look to the church (and other traditional establishments) for the path we were to take. Then came the Reformation, which introduced the idea of each of us being individually responsible for our own soul's salvation. And then came democratic revolutions such as the American and the French revolutions. Now all of a sudden we were supposed to govern ourselves! And then came the industrial revolution, and instead of tilling the soil or making things with our hands, we had to sell our labor in exchange for money. All of a sudden, we became employees and consumers! Then came socialist revolutions such as the Russian and the Chinese, which introduced the idea of participatory economics. You were no longer responsible only for your own well-being, but for fellow workers as well!

So, over a mere 500 years, the idea of the individual, with individual thoughts, feelings, moral conscience, freedom, and responsibility, came into being. But with individuality came isolation, alienation, and bewilderment. Freedom is a difficult thing to have, and when we can we tend to flee from it.


(...)

In fact, since humanity's "true nature" is freedom, any of these escapes from freedom alienates us from ourselves. Here's what Fromm had to say:

"Man is born as a freak of nature, being within nature and yet transcending it. He has to find principles of action and decision making which replace the principles of instincts. he has to have a frame of orientation which permits him to organize a consistent picture of the world as a condition for consistent actions. He has to fight not only against the dangers of dying, starving, and being hurt, but also against another anger which is specifically human: that of becoming insane. In other words, he has to protect himself not only against the danger of losing his life but also against the danger of losing his mind." (Fromm, 1968, p. 61)


I should add here that freedom is in fact a complex idea, and that Fromm is talking about "true" personal freedom, rather than just political freedom (often called liberty): Most of us, whether they are free or not, tend to like the idea of political freedom, because it means that we can do what we want. A good example is the sexual sadist (or masochist) who has a psychological problem that drives his behavior. He is not free in the personal sense, but he will welcome the politically free society that says that what consenting adults do among themselves is not the state's business! Another example involves most of us today: We may well fight for freedom (of the political sort), and yet when we have it, we tend to be conformist and often rather irresponsible. We have the vote, but we fail to use it! Fromm is very much for political freedom -- but he is especially eager that we make use of that freedom and take the responsibility that goes with it.»


quinta-feira, julho 13, 2006

CRUELTY BEGINS WITH YOU.























- Mãe, alguns animais são necrófagos, comem animais mortos. O homem é necrófago ?










«Olha no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troca de lugar com ele. A vida dele tornar-se-à tão preciosa quanto a tua e tu tornar-te-às tão vulnerável quanto ele. Agora sorri se acreditas que todos os animais merecem o nosso respeito e nossa protecção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles.»
(Philip Ochoa)


«The animals of the world exist for their own reasons. They were not made for humans any more than black people were made for white, or women created for men.»
(Alice Walker)

quarta-feira, julho 12, 2006

Parideiras Condicionadas

junho 22, 2006

Há aquelas parvoíces dos Direitos Humanos e dos Direitos das Fêmeas e dos Direitos às Liberdades e outras anormalidades começadas com “direitos”. Eu sei que há, mas não pode continuar a haver. Pelo menos, não da forma oferecida como tem sido desde que se conquistaram. E não, porque é um cancro. Daqueles que infestam a sociedade, que minam a civilização, e que irritam enormemente. O direito a parir tem de ser condicionado. Mas tem mesmo, carago! Mães não há muitas, no meio de tantos milhões e quaquitribilhões de mulheres. O que há muito, isso sim, são Parideiras. E o que é uma parideira? É uma fêmea – por enquanto – que apenas dá o seu contributo fisiológico para trazer ao mundo uma criança, sustentando-a (ou não) durante uma série de anos. Portanto, e para que não haja dúvidas, uma parideira é uma mulher que dá à luz, mas que depois se demite da função que a civilização lhe atribuiu para os anos vindouros – ser a Educadora do rebento. Como não dá educação ao rebento, deixando-o crescer como uma aberração da sociedade, cravejado de traumas fingidos e desvios sociais acentuados, não passa esta mulher de uma simples parideira. Como as galinhas e as peruas, aliás. E outros animais. Pois, falta concluir com esta perspectiva: a mulher parideira não passa de um animal que pariu. Ponto final. Ora bem, e estas cenas deviam ser condicionadas, obviamente. Deu-me para isto, hoje, depois de observar com alguma atenção um bando de “pitas” de 12-15 anos. Deviam ser todas carimbadas de “parideiras condicionadas”, imediatamente, e para sempre. Aliás, “parideiras inviáveis”, definitivamente, mas pronto, há que dar o benefício à dúvida que o futuro reserva sempre. Estas “pitas” estão predestinadas a serem os espécimes de classe mais reles daquilo a que uns quantos poetas inspirados designaram de “vacas”. É uma evolução natural e previsível, esta. Basta olhar e está tudo visto. Esta gentinha de meio palmo e muito vazio, não pode parir. Era só o que nos faltava! Até podiam parir petizes saudáveis, sim, mas, e depois? Que sairia dali? Que educação teriam aquelas amostras de bovinos para dar? Zero! Ou menos, ainda. Portanto, tem de ser missão da civilização corrigir-se a si própria, prevenindo que o futuro traga aberrações ainda maiores do que as que já circulam por aí. Chama-se a isto um processo auto-correctivo. Carimbam-se estas “pitas” logo que se denota a pinta, e pronto, meio caminho andado para a prevenção eficaz. Ou seja, pode partir-se logo para aquelas operações maquiavélicas de extrair não sei o quê dos ovários e cortar não sei o quê no útero e encher não sei o quê nas trompas e ah e tal. Depois, que andem por aí a roçar-se com trolhas e a rebolarem com bêbados, que não virá muito mal ao mundo. Porque estas “pitas”, a bem dizer, do jeito que estão as coisas, vão todas emprenhar muito cedo, ficando depois muito surpresas, apanhadas a meio da festa da vida, atiradas para aquela chatice de vida de progenitora à qual darão o mínimo dos mínimos. É mau, esta onda, mas ainda há-de vir o dia! Daqui a uns anos, provavelmente quando eu já não andar cá, mas vai ser esse o caminho. A sociedade vai ver-se a braços com um descontrolo total da transmissão de valores de geração em geração, e terá que meter a mão na massa para endireitar tanta coisa torta. O direito a parir terá que ser adquirido, como se de um passaporte se tratasse. Estará dependente do percurso de vida até aí, e não olhará a desculpas. A sociedade condicionará as tantas coisas que hoje fazem parte daquela libertinagem disfarçada de liberdade e direitos a que estamos habituados. E vai doer, pois vai, mas terá que ser assim. Os direitos não serão adquiridos, como até agora, mas terão de ser conquistados. A diferença, em relação ao passado, é que estarão inteiramente disponíveis para serem conquistados. Só faltará mesmo conquistá-los. A Patrícia quer ser mãezinha? Quer? Então vamos lá ver como tem sido a sua vida!... Ah pois é! Vai doer, mas vai ser assim, depois de termos todos batido muito lá no fundo.

autor: pickwick

Corpo de Esperança

12


Começam por ti todos os versos...


...e um dia as aves voarão o céu até aos teus olhos,]
as crianças hão-de pisar teu corpo de alegria
com seus risos, seus tácitos encontros com o invisível]
e seu secreto esquecimento.


Num chão de cousas desapercebidas
terão passado sobre ti os reinos,as filosofias e os namorados,]


e tu repousas, nua, no coração do Silêncio,
como uma estrela dentro do céu.

Victor Matos e Sá

segunda-feira, julho 10, 2006

«IL MONDO È NOSTRO» - manchete dum qualquer jornal italiano.

sexta-feira, julho 07, 2006

Os comportamentos anti-sociais e a vinculação como factor interveniente

Os comportamentos anti-sociais entendem-se, actualmente, como um padrão estável de desrespeito pelos direitos do outro e de violação das normas sociais aceites pela comunidade em que o indivíduo actua, sendo que existem vários percursos e prognósticos associados a estes comportamentos.
De facto, entre os vários factores que se consideram poder estar na base destes comportamentos um dos mais comunemente citados diz respeito às relações familiares, nomeadamente às consequências da qualidade da relação primária de vinculação, isto é, à qualidade da primeira relação de vinculação estabelecida no primeiro ano de vida com alguém próximo (pode ser a mãe, o pai, uma avó, um irmão mais velho…).
Assim, segundo Bowlby (1980) e Ainsworth (1989), podem ser definidos os elementos básicos na compreensão do que é a vinculação:

->A vinculação primária diz respeito a comportamentos do bebé maioritariamente inatos cujo objectivo é promover a proximidade entre o bebé e outra pessoa, geralmente a mãe (por exemplo, sorrir quando a mãe o olha ou chorar quando sente que foi deixado sozinho no quarto).

->Os comportamentos que promovem a vinculação vão ficando mais sofisticados ao longo do desenvolvimento (por exemplo, um bebé de três meses chora se for deixado sozinho numa divisão enquanto está acordado, mas outro de 10 ou 11 meses já conseguirá seguir a mãe gatinhando).

->A capacidade de criar vinculação é universal a nível da espécie, mas o seu desenvolvimento pode assumir diferenças dependendo de factores culturais, sociais e relativos ao sexo e às diferentes condições de vida (por exemplo, as mães japonesas cuidam elas mesmas do seu bebé a maior parte do tempo enquanto que noutras comunidades a criança é desde cedo entregue aos cuidados de toda a família).

->É através da rotina que o bebé interioriza expectativas relacionais – modelos internos de funcionamento de relações (por exemplo, se o bebé obtiver repetidamente como resposta a uma vocalização, a atenção manifesta da pessoa a quem se dirigia, ele tenderá a utilizar a vocalização para iniciar a interacção com o outro – hatching).

->Um padrão de vinculação não é necessariamente imutável ou insubstituível (por exemplo, bebés com padrão de vinculação inseguro, quando adoptados por pais com padrões de vinculação segura poderão desenvolver posteriormente uma vinculação segura com os pais adoptivos).

->As perturbações dos padrões de vinculação podem manifestar-se em qualquer idade (por exemplo, uma criança com padrão de vinculação segura pode começar a manifestar padrões comportamentais de vinculação insegura face a acontecimentos importantes, como o abandono inexplicável da criança por parte da figura significativa).

->Um dos determinantes no tipo de vinculação que se estabelece é a experiência de SEGURANÇA emocional e física que é associada à relação.


Existe, na verdade, um método popular de avaliar em crianças pequenas (com cerca de 1 ano) qual o tipo de relação de vinculação que orienta os seus comportamentos. O método denomina-se Situação Estranha e foi desenvolvido por Ainsworth (1963, Estudo de Baltimore); este permite, no fundo, observar qual o comportamento da criança numa situação stressante (que activa a procura de segurança e conforto – o padrão de vinculação). Desta forma, a criança e a mãe são conduzidas a uma sala com brinquedos com os quais a criança pode brincar. Alguns minutos depois entra um estranho cuja função é brincar com a criança. A mãe sai enquanto o estranho brinca com a criança e regressa três minutos depois. Passado algum tempo volta a sair, sendo seguida pouco depois pelo estranho – a criança é deixada sozinha na sala. O desconhecido regressa. E minutos depois regressa a mãe. Todo o processo dura cerca de vinte minutos e é observada em particular a reacção da criança quando a mãe retorna.
Assim, de acordo com o estudo de Ainsworth, foram identificados três padrões comportamentais dominantes associados a três classificações qualitativas da vinculação:

1. Tipo A – cerca de 20% das crianças observadas ignorava ou evitava a mãe quando esta regressava à sala: vinculação insegura ou de evitamento;
2. Tipo B – cerca de 70% das crianças observadas reaproximava-se imediatamente da mãe, procurando conforto e interacção: vinculação segura;
3. Tipo C – cerca de 10% das crianças observadas ficava preocupada com ausência da mãe e reaproximava-se dela quando esta regressava, contudo, não se deixavam consolar alternando entre demonstrações de irritação, cólera e agitação ou ansiedade: vinculação insegura ambivalente;

Mais tarde, foi identificado um quarto padrão:

4. Tipo D – algumas crianças juntavam a comportamentos de evitamento e resistência, sinais de confusão, depressão ou apreensão, relacionados possivelmente com medo relativo à fonte de segurança ou alguma ameaça ocorrida anteriormente em que a protecção por parte da figura significativa falhou: vinculação desorganizada ou desorientada;

Contudo, salienta-se ainda que a análise de padrões de vinculação deve ainda levar em conta factores socioeconómicos e culturais, suportes sociais, patologias afectivas ou biológicas dos pais ou da criança, a idade e o temperamento da criança e a sensibilidade da mãe (geralmente que acompanha a criança nesta avaliação, mas que pode não ser a figura significativa de vinculação).
De facto, relativamente ao papel da mãe, a sua sensibilidade, isto é, a capacidade de responder de forma apropriada e em tempo útil aos sinais do bebé é uma condição importante, ainda que NÃO EXCLUSIVA, no desenvolvimento de uma vinculação segura; a sensibilidade materna surge ainda como o melhor preditor do tipo de vinculação que a criança manifestará quando se sentir ansiosa ou angustiada.


Na verdade, apesar de uma vinculação insegura não prever necessariamente comportamentos perturbados e da vinculação segura não garantir que estes não ocorram, o tipo de vinculação que se estabelece com a figura significativa é, de facto, o mais preditivo da posterior adaptação social da criança.
Desta forma, em termos gerais, podemos dizer que à medida que crescem as crianças com padrões de vinculação segura tendem a desenvolver comportamentos pró-sociais (maior resiliência e capacidade de evitar e gerir conflitos, por exemplo), enquanto que as crianças com padrões de vinculação insegura desenvolvem estratégias defensivas capazes de comprometer a sua adaptação social (tais como a agressão deslocada, isto é, dirigida aos colegas em vez de à mãe rejeitante, ou a oscilação entre o papel de agressor e vítima aliado a uma dependência forte a novas figuras de vinculação quando o comportamento de proximidade da mãe é imprevisível).

Em conclusão, salienta-se que vários estudos longitudinais sobre a vinculação apontam para a sua estabilidade ao longo do desenvolvimento, ao mesmo tempo que mostram também que a qualidade da vinculação não justifica por si só os comportamentos anti-sociais das crianças, adolescentes e adultos. Contudo, se nenhuma intervenção for implementada junto das famílias com padrões de vinculação de tipo A, C e particularmente de tipo D, estes podem actuar na adolescência e na idade adulta como factores de risco potenciadores de comportamentos anti-sociais manifestados de outra forma e em maior magnitude (por exemplo, a facilitação da aderência a grupos de ideologia radical na adolescência ou a repetição das experiências menos boas na educação dos filhos na idade adulta), ainda que sintomas reencenados dos mesmos problemas de estrutura.


baseado em: Machado, T.S. (2000) Vinculação e comportamentos anti-sociais.

quinta-feira, julho 06, 2006

«- Eles estão-se nas tintas para o povo!» - mexicana anónima sobre as eleições no México noticiadas hoje no telejornal da RTP.

quarta-feira, julho 05, 2006

Nada. Rien. Nothing. Null. Niente. Nada.

By now I'm sure.

segunda-feira, julho 03, 2006

Embotamento afectivo

«Eu quero o "meu mundo", o mundo que levei 20 anos a construir e que gostava imenso. Perdi-me de tudo e de mim mesma. É desesperante alguém que amamos beijar-nos e não sentirmos mais que lábios, pedaços de carne quente que chegam a incomodar-nos. É horrível um amigo chorar ao nosso lado e não vermos mais que lágrimas, gotas de água, só isso. Não sermos capazes de dizer nem fazer nada, continuarmos apáticos, possivelmente a pensar em nós. Que egoísmo! (...) Afectivamente tanto me faz. Eu não suporto magoar alguém e não me doer, nem pensar que estou a magoar essa pessoa. Não pode ser, estou farta. Tenho de parar, não quero magoar mais ninguém. (...) As cartas, que sempre me davam tanta força, hoje nem me apetece abri-las, vou guardando tudo. No fundo, estou farta de deitar coisas belas fora, como ler uma carta de um amigo sem sentir uma linha. É demais, eu não aguento.»


Auto-descrição recolhida pela Dra. Helena Rita. (retirado de: http://acabra.blogspot.com)

sexta-feira, junho 30, 2006

UM CIGARRO

Não sei. Não sei o que é que aconteceu, ou melhor, não sei porque é que aconteceu. O porquê será importante? Talvez não, mas... e o que é que isso interessa? Mais ou menos nada. Mais ou menos tudo.

Está um calor! Serei, porventura, mais estúpida? Mais estúpida que todas as outras pessoas do universo, menos perspicaz? O porquê não me parece nada relevante. O acontecimento deu-se – agora é irreversível. Tu morreste e pronto, foi isso: ficaste morto. E era fácil, fácil, fácil!! E correu mal, mal, mal... ninguém morreu? Não era bom que existisse um deus, um destino, uma merda qualquer que nos desculpasse isto tudo? Mas não há e isto tudo é a nossa, a tua perdição. O que resta? A morte, o vazio de vazio, o cheio de tudo e, por isso, de nada. Toda a gente morre. Contudo, apenas eu, a minha pessoa morre de nada, de ti.

Um cigarro, um charro, um isqueiro, um fósforo, uma faísca, uma coisa qualquer por onde arda, que me queime, que me oprima, sufoque, destrua, que me purifique, que me force a renovar o que quer que isto seja, o que quer que isto signifique – a vida! Matava por um cigarro, percebes? A falta de nicotina percorre-me o corpo todo, sinto-o. No sangue, nos órgãos, em todo o lado – a falta da morte, da cabra da morte é o que é!! Não consigo, não consigo estar quieta, a necessidade fala mais alto, mas não há nada que permita a sua satisfação e isso acalma-me e isso enerva-me. Matava por um cigarro, por um pouco de lume, matava por um ritual. Imagino um cigarro: mais ou menos cilíndrico, enrolado por mim, contente por ter domado a aspereza do papel, aceso, acabado de acender, fumegante de um fumo satisfeito; o cheiro, há outros? É perfeito, confere a harmonia ao momento, faz parte do culto e do mistério, mas é o fumo branco, leve, etéreo o mais importante: é o mais hipnótico, vê-lo esvair-se é a base de todo o ritual. Matava por um cigarro, percebes?

quarta-feira, junho 28, 2006

O meu telemóvel morreu.

PDPRA só aqui ou então por hotmail ou messeger, ok?

segunda-feira, junho 26, 2006

«There's no earthly way of knowing ]
What was in your heart ]
When it stopped going ]
The whole world shook ]
A storm was blowing through you ]

Waiting for God to stop this ]
And up to your neck in darkness ]
Everyone around you was corrupted ]
Saying somethin' ]

There's no dignity in death ]
(...)»

texto: Não sei nem quero que me digam, Alguma coisa que não tem nada a ver com o motivo deste post .
Fotografia: Gemerson Dias

domingo, junho 25, 2006

Depois de pouco estudo de "Psicologia da Memória", eis o que aprendi: amanhã, durante o exame não me vou lembrar de quase nada, até porque o contexto físico, emocional e disposicional não será o mesmo... (respectivamente: Godden e Baddeley, 1975; Bower e al., 1978; Teadsdale e Russel, 1983).

Além do mais, a memória da vida real não se limita a codificar, reter e recuperar independentemente listas de sílabas sem sentido (ou CVC, usadas por Ebbinghaus, cujo verdadeiro contributo não foi apenas a constatação dos efeitos de primazia e de recência, mas também constatação da importância de gerar memórias como parte integrante do contexto experimental), listas de dígitos, de palavras (relacionadas ou não), frases e parágrafos, de imagens, faces, formas geométricas, odores, habilidades motoras e acções executadas, seja ela (a memória) a curto, a longo prazo ou unificada, com ou sem buffers, susceptível à indução de recordações falsas ou não.

Estruturas reconhecidas como responsáveis pela memória: hipocampo e amígdala

imagem retirada de: Scientific American (Brazil) Edição Nº 1 - junho de 2002


Conclusão "brilhante": esta m***a serve para alguma coisa estudada assim amputada, feita em pedaços por processar (tipo carne de hamburguer)?

quinta-feira, junho 22, 2006

This is what the official and traditional Coimbra's academic suit looks like (boys wear trousers, of course) - and I am not in the picture. :)


«Sente-se no perpassar da capa e batina uma viração igualitána, que varre bem para longe as diferenças de fortuna, fatal desigualdade que, fora da vida Universitária cai sobre as almas juvenis como neve sobre botões entreabertos, crestando-os e esterilizando-os. O fidalgo e o plebeu, o rico e o pobre, igualmente uniformizados entram na comunhão da vida académica, com o mesmo direito, com a mesma alegria, com o mesmo sentimento de posse com que no mundo vegetal e animal os seres entram na partilha do sol, do espaço e do solo. O fraque elegante do filho do rico e do potenteado, não obriga a retrair-se o casaco sovado do filho do pobre. A mocidade é uma para todos. O mesmo pano, o mesmo corte dá às almas a mesma franqueza de movimento, que só a inteligência torna mais fácil e mais nobre. Debaixo da capa e da batina, o espírito dos moços, a alma mais fácil e mais nobre, dos que se embebem de saber, naturalmente, como um fenómeno de endosmose da espiritualidade ambiente, pode cantar com Metastásio: O giuventá primavera della vita! A mocidade constitui-se uma unidade intelectual e moral inquebrantável e irredutível. O homo hominis lupus não vive a sua voracidade no encalço dos que trabalham. Não há ai o ciúme da alma, em outros meios literários mais intenso do que o da carne. A vida universitária cultivava essa vida em comum, essa promiscuidade benfazeja de sementeira, em que se dá a diferenciação pela espontaneidade da evolução de cada espécie, apesar da mesma nutrição pelo mesmo númus».


(in Memórias do Mata-Carochas, Vasconcelos, Henrique António Coelho de;

1.ª ed. 1907; 2.ª ed. ilustrada 1956, Porto)

PS. That tower clock in the back

is what we lovely call "a Cabra"

(literaly: "the Bitch")...

Coimbra...

...onde o ponto mais alto é literalmente a Universidade,

a terceira mais antiga da Europa...

sexta-feira, junho 16, 2006

Volto no final da época de exames....

mas fica o conselho...

Mi Exceso de Ego

Para ser grande sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.


Fernando Pessoa

quinta-feira, junho 15, 2006

O gato mais esperto do universo...


Jim Davis, 28 de maio de 2006

terça-feira, junho 13, 2006

afinal...

como que é que ficamos?


Diário de Notícias on-line (13/6/2006):

«O fecha não fecha da maternidade de Elvas»
Ângela Marques

«A confusão é total. O bloco de partos de Elvas está encerrado desde as 08.00 de ontem, como determinou o Ministério da Saúde, mas a fundação proprietária da maternidade garante que vai manter a instituição aberta. Como? Com uma segunda providência cautelar que o presidente da fundação assegura que foi aceite pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. "Não fecha nada", garante Melo e Sousa.

"Na boca do lobo" está o movimento Pró-maternidade, que defende a manutenção da maternidade e de que é porta-voz Rosa Maria. A parteira garante que "a administração do hospital deu ordens para não deixar subir nenhuma grávida para a sala de partos". O mesmo é assegurado pelo porta-voz do Ministério da Saúde (MS), que afirma que "o bloco de partos não está a receber grávidas desde as oito da manhã".

Apesar de afirmar que não conhece a decisão do tribunal de que se fala, o MS garante que o fecho deste bloco de partos é assunto encerrado. E, em declarações à Lusa, Mário Simões, o porta-voz da Administração Regional de Saúde do Alentejo disse que "não há conhecimento oficial" desta providência cautelar interposta em tribunal, pelo que a sala de partos continua fechada". O tribunal não quis confirmar ao DN qual foi a decisão do juiz sobre essa providência .

Só que Odete Alves, outra porta- -voz do movimento cívico Pró-Maternidade, garante ter tido conhecimento da decisão do tribunal ontem de manhã, pela mesma hora em que a sala de partos foi encerrada. "O tribunal aceitou a providência cautelar interposta pelo movimento e isso suspende o fecho da unidade."

A Fundação Mariana Martins não se conforma com as declarações da tutela: "A unidade é privada e não está subordinada ao poder funcional hierárquico do Ministério da Saúde." Melo e Sousa diz mesmo que vai manter a maternidade aberta.

O presidente da fundação garantiu, à porta do Hospital de Santa Luzia de Elvas, que o funcionamento do serviço está "totalmente assegurado, quer pela disponibilidade física das instalações e equipamentos, quer pela disponibilidade de todo o pessoal que continua escalado, pelo menos até dia 18 de Junho".

A decisão de manter a unidade aberta até esse dia deve-se, segundo Melo e Sousa, ao facto de ser aguardada para essa data a decisão do tribunal sobre a primeira providência cautelar. As duas visam o mesmo fim, mas têm fundamentação distinta. O encerramento deste bloco de partos é uma das medidas que constam de um despacho do ministro da Saúde, Correia de Campos, que visa a concentração de blocos de partos para dar maiores garantias de qualidade às grávidas e às crianças. »

HARD CANDY

Went to see Hard Candy today. I won’t tell the story. It’s a great 2005 film (directed by David Slade and written by Brain Nelson), you should go see it if you haven’t yet.

For the first time, as far as I can remember, I was unable to guess how the film would end as it went on – this is a very good thing, I usually get bored at the cinema...

I am not approving popular justice, but after this it became even clearer to me that some laws are just not enough
There’s really no moment that “makes” a persons life turn, there are not enough theories to explain some things – this film is about one of those things: people like Jeff (Patrick Wilson). Freud would probably call it a fixation that originates a perversion, still… I believe there’s really no excuse.
As for Hayley (Ellen Paige), she is truly every real mistreated child, a consciousness. With no individual identity, she could be, for instance, a stranger or your next door neighbour, she could be your little sister or she could be your daughter. In the film, she is a bit like Little Red Riding Hood, but this time Little Red Riding Hood eats the Wolf.
Anyway, don’t be surprised (or horrified) if you find yourself pitting Jeff a little bit in some scenes; in the end you’ll have a bigger comprehension of how deep, twisted and human this sort of stuff and people like Jeff can be. Still, in the end there will be no doubts, no excuses.

segunda-feira, junho 12, 2006

«The Simpsons and philosophy: the D'oh! of Homer»

« Edited by William Irwin, Mark T. Conrad, and Aeon J. Skoble
(review written: August 25, 2001 by Timothy Yenter)
Non-fiction
303 pages
Open Court Publishing Company
2001


Dare I say it? No point in disguising the issue: "The Simpsons" has consistently been the best television show of the last 10 years. Each week it offers up a dose of our perverted society. (I'll leave the reader to decide whether the show perverts our society or if it reflects the inherently perverted nature of our society.) In the world of "The Simpsons," social critique exists alongside sight gags, and physical humor and literary references share equal screen time. Therefore, it is only natural that fans of the show would spend equal time laughing aloud and wondering about its caricature of their lives.

In this spirit, The Simpsons and Philosophy is a new collection of eighteen (rather light) philosophical essays covering a range of "Simpsonian Themes". The essays explore whether Homer is as morally inept as he appears, what Lisa can teach us about intellectualism in America, whether "The Simpsons" actually offers a traditional (conservative) view of the family, and a decent range of other topics.

Each essay takes a unique approach, and each has its own strengths and weaknesses. The most successful essays use "The Simpsons" as an opportunity for introducing the reader to the thought of an important philosopher. "Thus Spake Bart" is an excellent brief introduction to Friedrich "God Is Dead" Nietzsche, as well as being one of the strongest character analyses in the book. "A (Karl, Not Groucho) Marxist in Springield", which details the ways "The Simpsons" is both like and unlike Marxist critiques of capitalist society, is a similarly engaging essay.

(...)»


Wich Simpson are you?

WAKE UP!!!!!!!!!!...


domingo, junho 11, 2006

Respirar é importante para mim, sinto falta de poder fazê-lo pelo nariz...

«Constipação:

A constipação comum é uma infecção viral que provoca inflamação das membranas mucosas do nariz, garganta e brônquios. Existem cerca de 200 tipos diferentes de vírus que causam os sintomas da constipação comum. Entre os sintomas incluem-se dor de garganta, espirros [intermináveis], lacrimejo, dores de cabeça, nariz entupido, tosse, cansaço e pode desencadear dor nos seios perinasais.

A constipação é uma das doenças mais comuns no mundo e não existe cura conhecida. Podem tratar-se apenas os sintomas, não o vírus que os causa. Em média, uma pessoa pode apanhar duas a cinco constipações por ano.

As verdadeiras causas de 30 a 50% das constipações do adulto, que se presume serem virais, não chegam a ser identificadas. Os mesmos vírus que provocam constipações nos adultos parecem também causá-las nas crianças. Não é no entanto clara a importância relativa dos diversos vírus nas constipações das crianças, devido à dificuldade em isolar a causa precisa dos sintomas em estudos de crianças com constipações.

Será que o tempo frio causa uma constipação?
Embora muitas pessoas estejam convencidas que uma constipação resulta de exposição ao frio ou de sofrerem um arrefecimento ou aquecimento, os investigadores americanos do NIAID ("National Institute of Allergy and Infectious Diseases") verificaram que estas situações têm pouco ou nenhum efeito no aparecimento ou agravamento duma constipação. Também factores como o exercício, dieta, ou aumento das amígdalas ou dos adenóides parecem não contribuir para o aumento da susceptibilidade às constipações.

Por outro lado, a investigação sugere que o stress psicológico, as doenças alérgicas afectando as cavidades nasais ou a faringe (garganta) e os ciclos menstruais podem ter impacto no aumento da susceptibilidade do indivíduo às constipações.


As constipações e a gripe são geralmente adquiridas pela inalação do vírus a partir de gotículas aéreas que se produzem quando alguém que está infectado, espirra ou tosse. Assim que o vírus tenha sido inalado, o sistema imunitário do organismo reconhece o vírus como um "intruso". O papel do sistema imunitário é proteger o seu corpo de "intrusos" como os vírus da constipação ou da gripe, e o nosso organismo dispõe duma série de defesas para ajudar eficazmente nessa função.

A primeira linha de defesa é o revestimento mucoso das cavidades nasais e da garganta. Tal permite aprisionar os "intrusos" antes de estes entrarem na circulação sanguínea do organismo e possibilita a sua remoção através da tosse ou do espirro.

A segunda linha de defesa ocorre quando o vírus já conseguiu acesso ao sistema sanguíneo corporal. Há dois tipos principais de células do sangue no organismo, ou seja, os glóbulos vermelhos que transportam oxigénio às diversas partes do corpo e os glóbulos brancos que aí se encontram para defender o corpo contra as infecções.

Quando o seu corpo reconhece que está infectado com um vírus, envia glóbulos brancos para o local da infecção, para matar os vírus e proteger o organismo. É da actividade destes glóbulos brancos, combatendo contra os vírus "invasores", que resultam alguns dos sintomas da constipação e da gripe.»

sem O2 suficiente para me lembrar de onde copiei isto

?









<- O que é isto?










legenda da figura: o trauma depois da renovação do meu BI.

Caipirinha


Como fazer:
Corte o limão em pedaços; algumas pessoas preferem descacar parcialmente.
Adiciona-se uma ou duas colheres de chá de açúcar.
Esmaga-se os pedaços do limão com um socador para liberar o sumo do limão; socadores, ou pilões, de madeira especiais para essa tarefa são fáceis de ser encontrados.
Finalmente, adiciona-se 20 a 50 ml de cachaça e gelo em cubos ou picado.
Deve ser mexido já que é muito difícil de mexer suficientemente bem.

Como servir:
Esta bebida é servida em copos baixos e largos com palitos de madeira ou dois pequenos canudos .

Um excerto duma conversa que ouvi na rua entre dois adolescentes com cerca de 14 anos:

«- Anda só ali beber uma caipirinha...
- Não vamos nada, não vês como é que já 'tás? Já tás bué acelarado...
- Ya.»

A juventude não está, portanto, perdida. Mas reconhece-se alcoolizada.

sábado, junho 10, 2006


fotografia: Ivaldo Cavalcante

«Ninguém sai ileso de um grande amor. Ou da falta dele.»

(Free translation: No one
escapes unharmed from a
big love. Or from the lack
of it.)

Possidónio Cachapa, in Materna Doçura

sexta-feira, junho 09, 2006

Para desanuviar...

fotografia: André Teixeira

Às vezes, é preciso fugir. Embora fosse melhor ficar.
Para que não acabasse assim.