quinta-feira, maio 18, 2006

O berlinde azul



Aquele que tantas vezes fizémos rolar pela mesa naquelas aulas chatas de secundário... perdeu-se. E nele havia um mundo... que ficou naquela sala. Às vezes_muitas_, sentada nas cadeiras(?) do auditório da faculdade, uma pessoa não pode evitar de olhar em volta_quantas daquelas pessoas já terão visto um berlinde assim? A probabilidade (tive umas 6 ou 7, talvez 8 disciplinas cheias dela, portanto acho que sei do que falo) é mais ou menos nula.

Na verdade, não foi o berlinde que perdi. Não propriamente. Entre uma aula chata e outra aborrecida vai muito tempo. Uma pessoa pensa. Tem tempo. E a conclusão a que chega nem sequer é brilhante: não fizémos rolar o suficiente aquele berlinde. Que era o mundo. Que não existia e que irritava a professora, mas que nos contentava a nós (?).

Tu, no 11ºano, eras a única pessoa capaz de rolar um berlinde pela mesa na mais aula chata. E de te lembrar (e de me lembrares a mim) de olhar pela janela para ver o pôr-do-sol, ou uma estrela, ou nada.

Às vezes, sentada numa das cadeiras (?) do auditório da faculdade, uma pessoa pensa. Não dá para rolar um berlinde (não há mesas), não dá para olhar para fora (janelas altas com reposteiros espessos e chatos). E acaba por prestar atenção à aula chata. E à seguinte, que é aborrecida.

Há sempre neurónios prontos a morrer.

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